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Oxigênio – Gás carbônico – Amônia e suas interelações no RAS

Oxigênio dissolvido

O contínuo e adequado fornecimento de oxigênio dissolvido aos peixes e as bactérias no biofiltro no sistema de recirculação é essencial para o seu bom funcionamento, e as concentrações de oxigênio dissolvido (OD) deve ser mantido acima 60 por cento da saturação ou acima de 5 ppm, para um crescimento ótimo dos peixes. 
 
A maioria dos sistemas de recirculação em água quente precisa manter a concentrações de oxigênio dissolvido no biofiltro, para remoção  máxima de amônia e nitrito e manutenção das bactérias nitrificantes, nas concentrações de OD abaixo de 2 ppm. Os sistemas de aeração devem funcionar continuamente para fornecer  oxigênio para os peixes e microrganismos no sistema.
 
À medida que os peixes se aproximam da despesca e as taxas de alimentação  ficam perto dos seus níveis máximos, a procura de oxigênio pode exceder a capacidade do sistema fornecer  aeração para manter as concentrações de OD acima de 5 ppm. Os peixes mostram sinais de stress de oxigênio ao reunir-se no superfície boquejando e nadar para o corrente produzida pela aeração do tanque, onde as concentrações de DO são mais altas.
 
Se isto ocorrer, um suplementação ao sistema de aeração deve ser utilizado ou a taxa de alimentação deve ser reduzida alimentando nos períodos mais frescos do dia, das  15 a 20 horas, em vez de oferecer varias refeições  nos horários quentes. Quando os peixes digerem a comida, as suas  taxas  respiratória aumentam drasticamente, causando um rápido decréscimo das  concentrações de OD. 
Alimentação de pirarucus, na fase juvenil por 6 vezes ao dia
Alimentação em pequenas quantidades continuamente  pelo tratadoru ou com alimentadores automáticos permite que o oxigênio dissolvido (OD) diminua gradualmente sem atingindo níveis críticos. Durante períodos de alimentação pesada, o OD deve ser acompanhado de perto, particularmente antes e depois da alimentação. Os sistemas de recirculação requerem constante monitoramento para assegurar o funcionamento corretamente. Diz-se que a água está “saturada” quando o oxigênio contém o máximo quantidade de oxigênio que irá dissolver nele, a uma dada temperatura, salinidade e pressão, veja o quadro abaixo de saturação de oxigênio em ppm ou mg/l, numa determinada temperatura.
Os concentradores de oxigênio puro podem ser incorporados nos sistemas recirculantes,  estes injetam oxigênio num sistema fechado de fluxo de água, criando condições de água supersaturada, com o oxigênio dissolvido em concentrações várias vezes superiores do que a saturação normal dos aeradores.  A água supersaturada deve ser introduzido no tanque de criação perto do fundo e ser rapidamente misturado ao longo do tanque por correntes geradas a partir de o equipamento de oxigenação de água.
 

Gás Carbônico ou Dióxido de carbono(CO2)

O dióxido de carbono é produzido pela respiração dos peixes e bactérias na criação em RAS. Os peixes começam a sofrer stress com concentrações de dióxido de carbono acima de 20 ppm porque interfere com a absorção de oxigênio. Os peixes sob stress de CO2 vêm para a superfície e ficam boquejando em torno de dispositivos de aeração. Comportamento letárgico e uma aparência magra é comum nos sintomas de altos níveis de dióxido de carbono.

O dióxido de carbono pode acumular-se em sistemas recirculantes, a menos que sejam removidos física ou quimicamente. O dióxido de carbono é geralmente retirados da água por aeradores de coluna embalados ou outros dispositivos de aeração. A química do dióxido de carbono (CO2) é diferente da dos outros gases encontrados no ar.  O gás carbonico dissolve-se na água com base na lei de Henry, mas também está em equilíbrio da química com inorgânicos carbono como na equação . (CO2 + H2O H2CO3 H+ HCO3-2H+ CO3 -2 )

 

Como resultado deste equilíbrio, a química do dióxido de carbono é mais complexa do que a do outros gases. Primeiro, o CO2 dissolve-se na água formando ácido carbônico (H2CO3). O ácido carbónico é um ácido fraco que se dissocia em duas etapas, a primeira formando o bicarbonato (HCO3-) e a segunda etapa o carbonato (CO3-2). Estas reações são dependentes do pH.

Amônia toxica

A amônia é o principal resíduo nitrogenado liberado pelos peixes e é principalmente excretados através das brânquias como gás amônia. A amônia é um subproduto da digestão de proteínas, uma estimativa de 1 kg de nitrogênio amoniacal são produzidos de cada 45 kg de alimentação ofertada. Bactérias no biofiltro convertem a amônia em nitrito a nitrato, no processo de  nitrificação. Tanto a amônia como os nitritos são tóxicos para os peixes, portanto a gestão deles é muito importante acompanhar para evitar problemas nos sistemas de recirculação.
 
A amônia na água existe como dois compostos: ionizados (NH4+) e amônia não ionizada (NH3), sendo a amônia extremamente tóxica para os peixes, e a quantidade associada a presença da amônia depende  do pH e temperatura da água. A Amônia não ionizada (NH3), concentrações de N amoniacal tão baixo quanto 0,02-0,07 ppm podem abrandar o crescimento e causar danos dos tecidos em várias espécies de peixes de água quente. A tilápia tolera altos valores de amônia não ionizada concentrações altas de amônia e raramente exibem efeitos tóxicos em sistemas recirculantes. A amônia deve ser monitorada diariamente, quando a concentrações totais de amônia começar a aumentar, o biofiltro pode não estar  funcionando corretamente ou a taxa de alimentação e a produção de nitrogênio  estar mais elevada do que a capacidade de concepção do biofiltro. 
 
Fontes: 1.Gestão de Sistemas Recirculantes; Michael P. Masser1, James Rakocy2 e Thomas M. Losordo3 ;
1Auburn University; 2University of the Virgin Islands; 3North Carolina State University
 
 

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