LAMBARI DO RABO AMARELO
O lambari-do-rabo-amarelo, Astyanax altiparanae, é uma espécie nativa, de pequeno porte, que tem boa aceitação a alimentação artificial e uma grande variedade de alimentos, adapta-se facilmente ao ambiente, desova mais de uma vez por ano e sua reprodução pode ser induzida, resultando em alta fecundidade e elevada taxa de crescimento, apresentando assim a excelente potencial para a aquicultura, pode produzir 100t/ha/ano.
Tem seu início de cultivo em qualquer época do ano e as técnicas utilizadas são extremamente simples, ao alcance de qualquer pessoa, e o cultivo se processa da forma mais natural possível, sem a aplicação de hormônios ou outras drogas, apenas com o emprego adequado das técnicas de manejo. Podendo ser feito a reprodução induzida artificialmente facilmente.
A criação de lambaris possui algumas características que a torna interessante, alta fecundidade, facilidade para obtenção de alevinos, adaptação a variações de temperatura da água e crescimento precoce, atingindo peso comercial (10-15g) em três meses. Existem diversas espécies de lambaris, lambari do rabo amarelo, do rabo vermelho, lambarizinho, lambari prata entre outros, esta nomenclatura podendo ser alterada entre as diferentes regiões.
SISTEMA DE CULTIVO
E para se estabelecer um sistema de produção é necessário saber qual espécie está mais adaptada ao ambiente de cultivo, este muda entre as diferentes regiões do Brasil. Espécie nativa, de ciclo curto, hábito alimentar onívoro e de fácil manejo quando comparado às espécies de maior porte, o lambari adaptou-se bem as técnicas de criação comercial e até mesmo em sistemas intensivos de produção, como em tanques rede e sistemas de recirculação de água.
Condições adequadas para criação é uma temperatura entre 24 a 30 ° C, um pH 6,8 a 7,5 , Nitrito < 0,1 mg/litro de NO2 , uma transparência da água > 50 cm e a alcalinidade > 20 emg/litro de CaCo3.
Produção intensiva
- produção esperada de 13,5 kg/m³
- sobrevivência de 80%
- peso inicial de 3g
- densidade de 450 peixes/m³
- comercialização para isca de 8 a 12 cm com 15 a 20 g
- atingido em 3 a 4 meses
- produção de 3 ciclos/ano
- 4 períodos de reprodução e engorda/ano (reprodução induzida)
Produção super intensiva
- produção esperada de 18 kg/m³
- sobrevivência de 85%
- peso inicial de 3g
- densidade de 600 peixes/m³
- Monitoramento da água , aeração externa
- atingido em 3 a 4 meses
- produção de 3 ciclos/ano
- 4 períodos de reprodução e engorda/ano (reprodução induzida)
- Tempo de cultivo para isca = 90 dias
- Conversão Alimentar = 1,4 ou 9 kg de ração/1.000 lambaris
ALIMENTAÇÃO
- Pós-Larvas (do 3º dia até o 10º) = Ração farelada > 40% de PB.
- Pré-Alevinos (do 11º dia até o 35º) = Ração extrusada com 36 a 40% de PB.
- Alevinos até adulto (do 36º dia até o 100º) = Ração extrusada pelete de 2,5 mm e 32% PB.
- Pós-Larvas (do 3º dia até o 10º) = alimentação 5 a 6 vezes ao dia.
- Pré-Alevinos (do 11º dia até o 35º) = alimentação 4 vezes ao dia.
- Alevinos até adulto (do 36º dia até o 100º) = alimentação 2 vezes ao dia.
PROCESSAMENTO DO LAMBARI
Manualmente, uma pessoa limpa no máximo 20 quilos de peixe por dia, uma diferença gigantesca diante da autonomia da máquina, que o equipamento pode limpar 250 quilos de lambari por dia. “A máquina funciona da seguinte maneira: os lambaris são colocados na descamadeira, que retira de uma única vez as escamas de até 18 quilos do peixe em apenas seis minutos, o equivalente a três quilos por minuto.
Depois, eles são levados no gelo para outra parte do equipamento, que corta a barriga e retira as vísceras.
Após retirada as visceras , empanado e embalado.
A forma mais vendida é embalado solto para venda em bares, frito como petisco.
Fontes : PORTO-FORESTI, F.; CASTILHO-ALMEIDA, R. B.; SENHORINI, J. A.; FORESTI, F.
Biologia e criação do lambari do rabo amarelo (Astyanax altiparanae) in: Baldisserotto, B. e
Gomes, L.C. Espécies nativas para piscicultura no Brasil. Brasil: editora UFSM, p. 10
115, 2010.
VILELA, C.; HAYASHI C. Desenvolvimento de juvenis de lambari Astyanax bimaculatus
(Linnaeus, 1758), sob diferentes densidades de estocagem em tanques-rede. Acta
Scientiarum, Maringá, v. 23, n. 2, p. 491-496, 2001.
FAO – FOOD AND AGRICULTURE
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2003 Comité de seguridad alimentaria mundial.
Efectos del cambio climático en la seguridad
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http://www.fao.org/DOCREP/MEETING/006
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