loader image

AntheroTec

Criação de Panga em RAS

ORIGEM DO BAGRE PANGASIUS

Panga é o nome adotado para a espécies Pangasius hypophthalmus,  além de uma carne macia e sem espinhos é bem aceito não só no mercado nacional mas também em centenas de outros países. A espécie vietnamita é exportada para mais de 138 países, incluindo mercados exigentes como Estados Unidos, União Européia, Canadá e Austrália. Do ponto de vista zootécnico, o Panga é uma excelente espécie para aquicultura, em razão de suas características, tais como: respiração aérea facultativa, baixa dependência por oxigênio dissolvido na água e altas densidades de estocagem, atinge mais de um quilo em apenas seis meses; e possui alto rendimento de filé com até 50% do peso total.
 

Pangas são uma extensa família de peixes-gato tubarão nativos dos rios asiáticos, Pangasius ou bagre, também conhecido como “tra” no Vietnã são produzidos há décadas na Tailândia e são resistentes e de crescimento rápido, capazes de consumir uma grande variedade de alimentos de baixo conteúdo proteico. O peixe pode atingir dois quilos por ano, a partir de um peso inicial de 10 g e é muito tolerante a água de baixa qualidade e de baixos níveis de oxigênio dissolvido, pois respira o ar de forma voluntária, sem necessidade de aeração.

TRA e BASA

Das 27 espécies do gênero Pangasius, apenas quatro despertam o interesse comercial por parte dos produtores: P. bocourti (basa), P. conchophilus, P. hypophthalmus (tra) e P. larnaudii, todas elas presentes nos deltas dos rios Mekong (Vietnam) e Chao Praya (Tailândia). Entretanto, 95% da produção vietnamita é composta pela espécie P. hypophthalmus, também conhecida como “tra”, e o restante pela espécie Pangasius bocourti, cujo nome local é “basa”.  

 

SISTEMA DE CRIAÇÃO

O bagre basa necessita de águas mais oxigenadas, o que pressupõe densidades mais baixas, deixando de ser um atrativo sob o ponto de vista comercial, o basa leva de 12 a 14 meses para atingir o tamanho comercial de 1 a 2 quilos, agora tra leva  seis meses de cultivo (P. hypophthalmus), este possui alto teor de gordura. Abaixo sugestão de criação em duas fases.
 

REPRODUÇÃO INDUZIDA

A técnica de reprodução artificial e produção de alevinos de Pangasius spp, requer para os reprodutores tanques de aproximadamente 500 m2 para o tra ou 1000 m2 para o basa, com profundidades de 1,5 a 3 metros. A faixa de temperatura é de 26 a 30 ºC, pH entre 7 e 8 e oxigênio dissolvido mínimo de 2 mg /l. A maturidade sexual das fêmeas ocorre após o terceiro ano. As dietas dos reprodutores se reflete na composição e qualidade dos ovos, a qualidade da proteína e sua concentração na dieta também influenciam no sucesso reprodutivo e na qualidade dos ovos.
 
A utilização de hôrmonios liberadores de gonadotrofinas (GnRHa) administrados por injeção ou como implantes de liberação lenta para a indução de desova tem sido amplamente utilizada nesta espécie. O GnRHa estimula o avanço da maturação dos ovócitos fazendo com que a desova induzida ocorra com sucesso. 
 
 
Fontes:Fisheries Research and Development in the Mekong Region
https://panoramadaaquicultura.com.br/panga-um-peixe-bom-de-cultivo-e-de-polemica/
 

Entre em contato