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AntheroTec

tratamento dos efluentes do biofiltro

MODELOS DE TANQUES 

 Os fatores físicos, químicos e biológicos são influenciados pelos aspectos geomorfológicos e climáticos, mas não são influenciados pela morfometria (formas e dimensões) do tanque de criação em RAS. Informações apresentadas na literatura relatam que somente 25 a 30% do nitrogênio e fósforo fornecido nas dietas alimentares são  aproveitados para a formação da biomassa de peixes e camarões, sendo que o restante do nitrogênio e fósforo fica retido no sedimento dos tanques ou é eliminado pelo efluente.

 

 
Existem varios sistemas diferenciados na criação de peixe , sendo caracterizados, basicamente, pelo manejo implementado, tipo de alimentação e a produtividade alcançada. A limitação de água e a crescente preocupação com o meio ambiente vêm mudando a forma como a aquicultura se desenvolve, e principalmente onde ela se desenvolve. O método tradicional de se produzir peixes em sistemas de viveiros escavados, com fertilização orgânica para aumentar a produção primária e fornecer alimento para os peixes está seriamente comprometido, não pelo volume de água utilizado, mas sim pelo efluente lançado.  
 
 
 
 
Nos sistemas de fluxo contínuo (raceways) também apresentam restrições do ponto de vista econômico, pois além do volume utilizado de água ser muito alto, geram uma grande carga poluidora devido às altas densidades de estocagem, e apresentam restrições do ponto de vista econômico, pois além do volume utilizado de água ser muito alto, geram uma grande carga poluidora devido às altas densidades de estocagem.  
 
Para que a aquicultura continue crescendo, é preciso que os métodos de tratamento de efluentes acompanhem o crescimento da atividade, e que sejam de baixo custo e fácil operação, é fundamental o desenvolvimento de sistemas fechados que permitam a produção de peixes e outros animais aquáticos com geração de efluentes em níveis aceitáveis ambientalmente.  A escolha do sistema de tratamento de resíduos a ser adotado, deve ser baseada no balanço dos critérios técnicos e econômicos, como a apreciação dos méritos quantitativos e qualitativos de cada alternativa.
 

BIOFILTROS

A eficiência na redução da concentração de substâncias poluentes ou indesejáveis depende diretamente da composição do filtro biológico ou biofiltro, para que o sistema de tratamento da água funcione adequadamente, é preciso que o biofiltro seja corretamente dimensionado conforme a quantidade de carga orgânica a ser tratada, sua vazão pelo filtro e a própria natureza físico-química dos substratos. A condição aeróbia deve ser sempre monitorada e mantida, a fim de que as bactérias que irão se fixar no substrato possam desempenhar com eficiência o processo de nitrificação.
 
O filtro, deve atender a alguns requisitos básicos para que o sistema funcione adequadamente, como:
                              1.ser leve,
                              2.biológico e quimicamente inerte, possuir grande área específica,
                              3.possibilitar a colonização de microrganismos e vegetais,
                              4.apresentar formato não achatado,
                              5.ter preço reduzido e ser de fácil obtenção.
Podem ser considerados filtros biológicos naturais aqueles em que os microrganismos aeróbios e anaeróbios, fixados à superfície do substrato e em associação à rizosfera e outras partes submersas da planta, atuam produzindo reações de purificação do efluente, criando um ambiente favorável ao desenvolvimento da vida. Uso de tecnologia de tratamento de águas residuárias baseada nos processos físicos, químicos e biológicos encontrados nos ecossistemas das várzeas naturais, podendo ser classificado como um sistema natural. No entanto, a distinção básica entre os leitos cultivados e as várzeas naturais está no grau de controle dos processos naturais.
 
Os leitos cultivados operam com vazão afluente controlada e relativamente estável, pois trata-se de um sistema de tratamento, em contraste com a grande variabilidade da vazão encontrada nos ambientes naturais. Como resultado, os organismos que vivem nas várzeas naturais são mais susceptíveis às variações de vazão, da concentração de Sólidos Suspensos Totais (SST) , da Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) e de outros poluentes, pois as variáveis ambientais não são controladas e monitoradas como no sistema de tratamento (sistema artificial).
 
No caso do tratamento para efluentes orgânicos (caso da piscicultura), os leitos cultivados apresentam grandes vantagens, tais como: não necessitar do emprego de produtos químicos, não exigir técnicas sofisticadas para a operação e controle do processo, não necessitar de operadores qualificados, possuir facilidade de construção e manutenção.
 

O funcionamento dos leitos cultivados ou biofiltros rizosféricos se baseia no fluxo horizontal do efluente através de um meio suporte enriquecido por uma mistura de bactérias aeróbicas, anaeróbicas e facultativos vivendo em associação com o substrato e as raízes de plantas. Existem basicamente dois tipos de sistemas de tratamento com leitos cultivados:

 
1) Sistema superficial: o efluente passa acima do meio suporte, não tendo contato direto com as raízes das macrófitas. Algumas características deste sistema são: a necessidade de um tempo de retenção hidráulica maior, a necessidade de controle de mosquitos e insetos (controle com introdução de peixes predadores), menor preocupação com possibilidade de colmatação (entupimento do sistema de filtragem), possibilidade de utilização de aeração ativa para melhorar a eficiência do sistema, e, preferencialmente uma das últimas etapas do sistema de tratamento, e geralmente utilizadas para remoção de nutrientes.

2) Sistema subsuperficial: o efluente passa pelo meio suporte, tendo contato direto com as raízes das macrófitas. Este tipo de sistema permite uma maior área superficial de contato a ser colonizada por bactérias e outros microrganismos associados.

No caso dos sistemas subsuperficiais cultivados, a difusão do oxigênio no biofilme ocorre preferencialmente pelas macrófitas. Algumas características deste sistema são:  necessidade de menor tempo de retenção hidráulica;  não há necessidade de controle de mosquitos;  preocupação com a colmatação (excesso de sólidos);  preferencialmente constituem uma etapa final do sistema, geralmente após um sistema de decantação ou sedimentação de sólidos.
Em geral, os sistemas de fluxo subsuperficial exigem pré-tratamento, tal como as lagoas facultativas ou simples sedimentação (tanques sépticos) antes que o efluente entre na wetland construída, e assim evita-se uma carga de sólidos em suspensão excessiva que poderia provocar o entupimento dos espaços intersticiais das rochas, e em última análise, na incapacidade de filtragem e depuração do efluente.
 
A redução de DBO e de sólidos totais suspensos nestes sistemas têm sido, em média, de acordo com a literatura, de 85 e 90%, respectivamente. No Brasil, ainda são poucos os trabalhos sobre leitos cultivados, sendo que os projetos desenvolvidos possuem diversos fins, podendo-se destacar: a) sistemas para purificação de grandes volumes de água, com a finalidade de recuperação de recursos hídricos ou pré-tratamento para Estação de Tratamento de Água (ETA); para projetos de Sistema de criação de peixes em RAS.
 
Anthero/2022

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